Comunidade 03/12/2015 11:01

Campanha pelo fim da Violência contra a Mulher em Volta Redonda

16 dias de Ativismo é o tema da campanha nacional de 2015

Dia 25 de Novembro, dia internacional da não violência contra a mulher não passou em branco em Volta Redonda. A Secretaria Municipal de Políticas Públicas Para as Mulheres, da Prefeitura de Volta Redonda, aproveitou essa data importante para manifestar, lembrar, protestar e mobilizar a sociedade e o estado contra a violência que atinge a mulher. Pelo fim da violência contra a mulher, a Campanha dos 16 dias de ativismo está sendo divulgada e trabalhada na cidade do aço.

A violência contra a mulher vem se tornando cada vez mais um problema mundial que não distingue cor, classe social nem raça, é absurda e injustificável. Essa campanha tem como objetivos revelar chamar a atenção sobre índices e ausência de registros em casos de violências, estimular a informação sobre o feminicídio* e atuar contra a impunidade.

Uma das ações da campanha é a visita de psicólogas e advogadas da CEAM (Centro Especializado de Atendimento a Mulher) nas comunidades. O Canal 36 acompanhou a visita da psicóloga Rosane Rodrigues dos Santos ao CRÁS do bairro São Sebastião. Rosane explicou que objetivo deste trabalho de prevenção é informar e conscientizar mulheres adultas e adolescentes a fim de cessar esse ciclo de violência. A maior dificuldade em trabalhar o tema violência com as mulheres é o fato de elas terem medo de dar o primeiro passo e denunciar, muitas vezes porque sofrem ameaça dos agressores.

Para Nilza Maria de Oliveira, do lar, debater esse assunto é muito bom porque as mulheres ajudam umas as outras, se abrem e expõem até o que se passa dentro de suas próprias casas. Nilza afirmou já ter sofrido violência em sua casa e demorou muito para aceitar e para denunciar as agressões, pois tinha medo. Essas palestras e debates estão alertando as mulheres a se atentarem às escolhas que fazem, está sendo uma oportunidade de aprendizado e um crescimento para a vida de muitas delas.

* A lei alterou o código penal para incluir mais uma modalidade de homicídio qualificado, o feminicídio: quando crime for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino.

Após a mostra de alguns vídeos o debate foi aberto.

Ana Luiza Velasco

Jornalista

Brasil

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