Cultura 20/09/2016 10:36

Curso de Educação Física promove V Mostra de Danças do UniFOA

O “Encontros de Tambores do Meu Brasil” serviu como prova prática para os acadêmicos

No sábado, dia 17 de setembro, no Campus UniFOA Três Poços, aconteceu o Encontros de Tambores do Meu Brasil, organizado pela professora da disciplina Dança e Folclore, Beatriz Rennó e pelos alunos dos segundos anos de licenciatura e bacharelado. O encontro, que serviu como prova prática para os acadêmicos, teve a participação de academias, grupos de Promoção de Manifestações Afro-Brasileiras, grupos de Jongos, palestras e uma exposição de fotos sobre a Cozinha Quilombola.

Segundo a professora Beatriz Rennó, “o foco do evento foi conscientizar os alunos sobre a importância da cultura africana, tanto pela necessidade dos futuros professores levarem isso para dentro das salas de aula, quanto pela questão de cidadania que nós, enquanto profissionais, temos que abordar em qualquer lugar de nossa atuação”.

As palestras, ministradas pela professora de História, Tânia Bassi - “Formação da Cultura Corporal do Povo Brasileiro", e pela professora de Educação Física formada pelo UniFOA e representante do grupo de Jongo de Pinheiral, Maria de Fátima da Silveira, - "Jongo: significado e o compromisso com as novas gerações" -, relacionaram as danças, originalmente africanas que eram executadas nas senzalas, com a atual cultura brasileira. 

Segundo Maria de Fátima, que se formou na instituição em 1981, “o futuro professor de Educação Física precisa conhecer, de fato, o que simboliza cada movimento e cada gesto dentro da dança para que, futuramente, ele possa transferir esse conhecimento da forma correta aos seus alunos, porque, infelizmente, o não conhecimento da religião e cultura é o que gera tanto preconceito”, acredita. 

Apaixonado por dança, Thairone Duarte, aluno do segundo ano de bacharelado, falou da importância do conhecimento da cultura africana. “Apesar de já conhecer algumas referências da cultura africana, não imaginava que eram tantas. Agora tenho, de fato, um embasamento teórico bem construído para quando eu quiser fazer alguma alusão a algum fato cultural”, afirmou. 

Ainda segundo a professora Beatriz Rennó, esse intercâmbio de culturas desconstroem preconceitos e barreiras. “Vemos que muitos alunos chegam aqui com uma visão um tanto quanto distorcida e a faculdade é um lugar de aprendizado; gerar toda essa reflexão acerca da cultura africana é fundamental”.

O evento teve também o seu cunho social, pois a entrada arrecadou 1kg de alimento não perecível por participante.

Carlos DeAraújo

Jornalista

Brasil

FOA16_018