Cultura 12/05/2018 15:49

II Seminário de Pesquisa em Relações Étnico-Raciais do UniFOA reúne quatro cursos

Realizado pelo NUPE, evento contou com exposições e mesa redonda sobre o tema

Na sexta-feira, dia 11 de maio, aconteceu o II Seminário de Pesquisa em Relações Étnico-Raciais do UniFOA, no campus Porfirio José de Almeida, no Aterrado. A atividade foi realizada pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, Núcleo de Pesquisa dos seguintes cursos: Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Ciências Biológicas – Licenciatura e Design. 

Na sua segunda edição, o Seminário foi promovido pelo Núcleo de Pesquisa (Nupe) e faz parte da programação do V Encontro Promoção da Igualdade Racial. Segundo Denise Rodrigues, responsável pelo Núcleo, o que se espera com o seminário é que aumente o número de pesquisas amplie dentro da instituição e, assim como, a promoção de debates com os alunos sobre o tema. 

O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Alden dos Santos Neves, falou que os alunos já haviam percebido as várias ações que envolviam o tema, mas sentiam que havia uma lacuna na área da pesquisa sobre o mesmo. “A primeira edição, no ano passado, movimentou alunos de todos os cursos e resolvemos fazer a segundo edição no campus Porfirio José de Almeida para atender à demanda dos acadêmicos dos cursos daqui”, acrescentou. 

Segundo a Drª Caroline dos Santos Bezerra, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), uma das palestrantes, o evento dá voz e visibilidade aos assuntos que ainda são tratados como tabus, ou seja, discutir as questões étnico-raciais no Brasil é discutir sobre os Direitos Humanos e sobre mais de metade da população brasileira que ainda continua excluída de vários espaços. A isso se incluí a falta de disciplinas nos cursos de graduação e na educação básica, principalmente os que trabalhem numa perspectivava de valorização da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena. 

Otávio dos Santos, aluno do segundo ano do curso de Publicidade e Propaganda é doutor em letras, professor do IFRJ e também participou da mesa-redonda. Para ele, mais de 50% da população é negra e uma pequena parte dessa população ocupa os bancos escolares, principalmente no nível superior e cursos de pós-graduação. Por isso, é mais que relevante ver um centro universitário abrir suas portas para debater o assunto com a comunidade, promovendo uma ampliação nas frentes de discussão e ação. É “preciso ter em mente que não se pode apenas discutir, é precisos agir para fazer com que a mudança aconteça”, completou.

Conforme explicou o coordenador do curso de Publicidade, Douglas Gonçalves, pela primeira vez quatro cursos trabalharam juntos na indicação de palestrantes, produção de material gráfico e curadoria de boa parte dos materiais que foram expostos. Segundo a coordenadora do curso de jornalismo, Angélica Arieira, “Foi uma oportunidade ímpar para os alunos se aprofundarem no tema”, frisou.

Para os futuros professores de biologia, o tema contribui para a formação do indivíduo, afirmou o coordenador do curso, Dimitri Alves.

Para a coordenadora do curso de Design, Patrícia Rocha, a participação dos alunos nas montagens e na curadoria das exposições, além de contribuir com a produção de toda a identidade visual do evento, contribui com o intercâmbio com os outros cursos e integram as profissões.

A mesa redonda Relação Étnico Raciais - Possibilidades e Desafios teve como coordenador e mediador o professor Luiz de Freitas Dias.

Carlos DeAraújo

Jornalista

Brasil

FOA18010