Cultura 19/09/2017 22:02

Museu da Memória do Trabalhismo Brasileiro de Volta Redonda promete movimentar a cidade

A 11ª Primavera dos Museus, promovida pelo Ibram, reúne mais de 900 museus de todo o país

A partir desta terça-feira, dia 19, até 22 de setembro, Volta Redonda vai se integrar a uma rede nacional de mais de 900 museus que em todo Brasil irão oferecer mais de 2,5 mil atividades especiais para o público. É a 11ª edição da Primavera dos Museus, evento promovido pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus).

Na Cidade do Aço, as atrações serão no MMTB (Museu da Memória do Trabalhismo Brasileiro), na Vila Santa Cecília. A abertura está marcada para as 18 horas e a programação promete movimentar Volta Redonda com uma jornada criativa de cultura e entretenimento.

O evento marca a resistência do Espaço Cultural diante da investida jurídica da Companhia Siderúrgica Nacional em retomar a propriedade do espaço físico.

De acordo com Kika Monnteiro, jornalista e bacharel em Direito, que por dez anos presidiu o Clube Foto Filatélico de Volta Redonda, uma das fundadoras do Museu da Memória do Trabalhismo Brasileiro, “é preciso resistir e envolver toda a sociedade na defesa da história da cidade. A sociedade há de manifestar sua indignação perante essa estratégia desastrosa da CSN que vem há anos investindo contra o patrimônio de nossa cidade, com sua mira capitalista voraz voltada para nosso patrimônio cultural e histórico”.

Programação

Lançamento do “I Catálogo Audiovisual de Trabalhadores da Cidade do Aço”

A presidente do Museu, Angela do Bem, vai anunciar o lançamento do “I Catálogo Audiovisual de Trabalhadores da Cidade do Aço”.Trata-se de uma campanha para montagem de acervo digital, que recebe vídeos de trabalhadores informando quais são suas funções e seus desafios no trabalho que exerce.

Durante toda a primavera, o MMTB vai receber os vídeos de trabalhadores de Volta Redonda e esses serão parte do acervo permanente do Museu. Relatos de pessoas que vieram para Volta Redonda, por um sonho de trabalho e emprego, gente que atua em novos desafios tecnológicos, sociais e políticos, registro e memória de pessoas e seus afazeres.


1ª Gincana Fotográfica de Volta Redonda

A Gincana Fotográfica recebe inscrições até o momento da “largada”, na noite de abertura, e para participar basta se inscrever na fanpage do Museu. Os inscritos serão desafiados a produzirem três fotos por dia dentro de temas que envolvem a cidade, seus personagens, lugares, ambientes e cores de Volta Redonda.

Até o dia 22 de setembro, os concorrentes terão que postar nove fotos por dia com temas variados. Todas as fotos serão julgadas e as mais pontuadas serão premiadas com uma cesta cultural que inclui ingressos de cinema, corridas de Kart, cortesia em Hotel Fazenda, jantar, entre outros.

As inscrições são gratuitas e abertas a todas as pessoas interessadas em fotografar com celular ou máquina fotográfica, de acordo com as provocações temáticas da gincana.


Intervenção Artística

Durante as apresentações musicais vai acontecer uma inédita intervenção artística de arte híbrida e com diversas provocações. O grafiteiro Rick Fire vai mostrar o seu trabalho simultâneo à projeção de poemas e filmes clássicos do cinema, tais como “Metrópolis”, de Fritz Lang; “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha; “Tempos modernos”, de Chaplin; e mais de 25 filmes, inclusive documentários sobre a CSN e a Cidade do Aço.

Artes plásticas - A organização convidou os artistas Antonio Geraldo, Flávio Dutra e Hugo Kruger para mostrarem seus talentos.

Orquestra Semeando Música - Com o maestro Gilberto da Silveira e a ONG Arte em Todo Lugar, que trabalha com pessoas com deficiência, também se apresenta nesse palco, juntamente com os poetas Nides Freitas, Sérgio Garloppa e Ed Zambroni.

Clayton Pereira e Nina Ribeiro - Os músicos também são convidados para apresentarem seus novos trabalhos.

Banda Navegantes - Vem se destacando na cena reggae do Sul do Estado.

DJ Mameluco - Com sua sonoridade digital.

Meninos do Batuque - Musicando a performance teatral de Stael de Oliveira, denominada “A chaminé”.





 

Carlos DeAraújo

Jornalista

Brasil