Saúde 07/03/2017 12:07

Secretaria de Saúde de Volta Redonda pede uma nova sede para CDI

O novo local precisará atender alguns requisitos para conseguir dar suporte a cerca de três mil pacientes

Na última segunda-feira, dia 6, o prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, se reuniu com os profissionais do Centro de Doenças Infecciosas (CDI). Os funcionários foram até o gabinete do prefeito para solicitar uma nova sede, a fim de receber os pacientes atendidos pelo centro. Atualmente, a sede fica na Rua Dionéia Faria, no Aterrado, e atende cerca de três mil pacientes de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Hanseníase.“Viemos pedir socorro. Na atual situação está impossível trabalhar com pacientes que têm imunidade baixa num local como o imóvel está”, conta a clínica geral Maria das Graças Kruschewsky. 

Samuca então, entendendo como um caso que requer atitudes emergenciais, baixará uma portaria para que seja criada uma comissão para identificar possíveis locais em que o Centro pode ser instalado. Esse grupo será formado por representantes da CDI, da secretaria municipal de Administração e do Gabinete do Prefeito. “A portaria nos dá um prazo e uma garantia que não ficará só na promessa. A prioridade é conseguir um prédio público para receber o centro. Mas quem decidirá o local será a comissão. Isso será feito o mais rápido possível”, garantiu o prefeito.  

Para abrigar o CDI é fundamental que o local seja discreto e de fácil acesso aos pacientes. “O preconceito ainda é muito forte. Para a sociedade, a pessoa deixa de ser um bom profissional, um bom pai, um bom filho, uma pessoa de caráter e passa a ser conhecido, simplesmente, como um portador de HIV. Perde totalmente a identidade”, disse Sandra Regina Coutinho, coordenadora do Programa DST/Aids de Volta Redonda. Para a infectologista do centro, Maria Cristina Pereira dos Santos, o local precisa ser arejado, ter uma boa circulação de ar. “Os pacientes de HIV não podem ser atendidos no mesmo local dos pacientes de tuberculose, por exemplo.”, explicou a doutora.

A secretária municipal de Saúde, Márcia Cury, destacou a importância do trabalho da CDI, mas confessou que é preciso realizar um trabalho mais intenso de prevenção e de informação. “O preconceito parte da falta de informação. Precisamos conscientizar as pessoas que há tratamento e quanto mais cedo descobrir a doença, mais eficaz será o tratamento.”, disse a secretária. 

Foto de Divulgação - Gabriel Borges

Foto de Divulgação - Gabriel Borges

Ana Luiza Velasco

Jornalista

Brasil