Educação 30/11/2016 16:56

AMAN realiza Estágio de Correspondentes de Assuntos Militares

O ECAM aconteceu simultaneamente à Manobra Escolar realizada pelo Exército Brasileiro

Estudantes do curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda e Jornalismo – da região Sul Fluminense, participaram do Estágio de Correspondentes de Assuntos Militares, o ECAM, que tem como um dos principais objetivos preparar os futuros profissionais para agir em cobertura de ações militares e ainda fornecer informações sobre o Exército Brasileiro. O estágio foi realizado na Academia Militar das Agulhas Negras, a AMAN, em Resende, onde cerca de 30 alunos passaram dez dias, entre 7 a 16 de novembro. 

Considerada uma das maiores operações militares, essa simulação faz parte da Manobra Escolar, realizada pelo Departamento de Educação e Cultura do Exército Brasileiro. O Manobrão, como é conhecido, visa treinar e capacitar aproximadamente 4.500 militares, entre homens e mulheres de oito escolas do Exército Brasileiro espalhadas pelo país. Todos os anos a Manobra simula um cenário em que uma força atua para restaurar a paz em um continente, fazendo com que os cadetes participantes, coloquem em prática o ensinamento que tiveram na teoria. No exercício simulado são utilizadas as diversas tecnologias do exército como blindados, fuzis e helicópteros.

Os acadêmicos por sua vez, puderam realizar atividades relacionadas à área da comunicação, fazendo a cobertura da simulação do conflito de um país contra o exército da retomada, aplicando também os ensinamentos que tiveram dentro de sala de aula. Durante a cobertura do Manobrão, os alunos foram divididos em três grupos de mídia responsáveis pelo fluxo de informações das atividades, produzindo matérias, reportagens, artigos, peças publicitárias, vídeos, cobrindo os eventos como invasão do inimigo e transposição no Rio Paraíba do Sul, além de participar de entrevistas coletivas com a Força Terrestre Componente.

Dois dias de palestras sobre as operações militares realizadas e a relação mídia - exército – guerra, deram início ao ECAM. Também foi falado de maneira detalhada sobre o Exército Brasileiro e as dúvidas dos universitários, que foram peças importantes para o desenrolar do exercício simulado, foram sanadas. A parte prática não contou apenas com a cobertura do conflito e as entrevistas, os estudantes realizaram atividades de campo e ações de rotina militar, como dormir em barracas e almoçar a famosa ração operacional. A sobrevivência na selva foi um dos focos. Eles puderam aprender sobre confecção de abrigos, obtenção de água e fogo na mata, progressão noturna, primeiros socorros, torneio de tiro ao alvo e voos de helicóptero para reconhecimento de território, rapel.

Para Luiza Luth, aluna do 4º ano do curso de Publicidade e Propaganda do UniFOA, no ECAM ela teve a oportunidade de enfrentar seus medos. “Eu estava com muito medo, eu tenho muito medo de altura, eu quero superar isso, e hoje eu consegui, é difícil, muito difícil, mas eu estou muito feliz”, disse Luiza, que estava muito emocionada. Para a aluna do 4ª ano de Jornalismo, Vitória Paiva, que participou pelo segundo ano consecutivo, as atividades foram importantes para quebrar alguns medos já que algumas instruções têm carga psicológica elevada. “Foi muito bom aprender sobre cada prática e ter a vivência do jornalismo em área de conflito. Fizemos coisas que não pensaríamos em fazer, como atirar e viver um pouco da rotina militar. Saí da AMAN realizada e com muito aprendizado”, afirma a aluna. 

Eu tive a oportunidade de participar do ECAM este ano, e realmente pude confirmar que aquele famoso clichê “vivendo e aprendendo” faz todo o sentido. Passei mais de uma semana "confinada" em um lugar que eu não fazia ideia de que um dia eu pisaria. Conheci um pouco sobre a rotina e as regras de lá, sobre as pessoas que estão lá e percebi que elas amam o que fazem e têm todo o mérito de chegar aonde chegaram. Convivi com pessoas que eu não conhecia, e aprendi, ou pelo menos tentei, lidar com as diferenças, de caráter, de postura, de opinião, de personalidade. Presenciei medos sendo derrotados, com lágrimas e até dor, mas tive o prazer de compartilhar a alegria de superá-los. 

O que eu vivi na AMAN não tem preço, aprendi muita coisa, fiz muita coisa que não esperava fazer, conheci um dos tantos lados do jornalismo e mais do que isso, aprendi um pouco do dia a dia de um militar. Ouvi experiências de oficiais do Exército Brasileiro que não fazem ideia do quanto acrescentaram em minha vida. Disso tudo eu vou levar muitas lembranças e muito aprendizado como profissional do jornalismo e como ser humano. Hoje eu respeito e admiro ainda mais os oficiais do nosso exército, que vivem o Hino Nacional do Brasil, mostrando “que um filho teu não foge à luta”. 

Foto feita por Yume Matsumura aluna de Publicidade e Propaganda da AEDEB

Foto feita por Yume Matsumura aluna de Publicidade e Propaganda da AEDEB

Foto feita por Yume Matsumura aluna de Publicidade e Propaganda da AEDEB

Foto feita por Yume Matsumura aluna de Publicidade e Propaganda da AEDEB

Foto feita por Yume Matsumura aluna de Publicidade e Propaganda da AEDEB

Foto feita por Yume Matsumura aluna de Publicidade e Propaganda da AEDEB

Foto feita por Yume Matsumura aluna de Publicidade e Propaganda da AEDEB

Foto feita por Josiel Lucas aluno de Jornalismo do UBM

Ana Luiza Velasco

Jornalista

Brasil