H1N1 é tema de debate entre profissionais da Saúde e da Educação
A Roda de Conversa orientou professores e diretores sobre medidas a serem urgentemente adotadas
Com a intenção de orientar profissionais da educação sobre a prevenção contra gripe H1N1 dentro das escolas e creches, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu, na tarde de ontem, 19 de abril, uma Roda de Conversa sobre a doença. O debate que aconteceu no auditório da Secretaria, em Niterói, Volta Redonda.
Os sintomas e os cuidados necessários para a prevenção da gripe foram apresentados pelo médico infectologista do Setor de Epidemiologia da SMS, Eduardo Candanoza. Um dos itens explicados pelo médico foi a indispensabilidade de manter o espaço interno da escola bem arejado.
Muitas escolas estão realizando campanhas com os alunos, de incentivo a higienização das mãos, objetivando alcançar atenção das crianças e de seus responsáveis sobre a importância da limpeza das mãos, afinal é um dos principais fatores que ajudam a eliminar os germes da gripe.
Para priorizar a higiene das mãos dos alunos na campanha contra o H1N1 é extremamente importante o uso constante do álcool gel na desinfecção das mãos. Segundo o infectologista, ao aplicar o produto nas mãos há de fato eficácia na eliminação dos germes, mas a utilização desse produto deve e precisa ser acompanhada com o hábito de lavar as mãos com água e sabão.
Durante a roda de conversa uma dúvida se fez quase unânime: quanto ao público alvo da vacina e as datas diferenciadas para o inicio da campanha de vacinação contra H1N1. Em Volta Redonda e na região Sul Fluminense a vacina começou a ser aplicada nesta segunda-feira, dia 18 de abril, para gestantes, criança de seis meses aos cinco anos, além de pacientes renais crônicos. Este item foi esclarecido pela médica da SMS, Rosa Maria de Jesus, que falou sobre critérios adotados pelo Ministério da Saúde e pelas Secretarias Municipais de Saúde para aplicação da vacina. Segundo Rosa, existe uma estratégia epidemiológica de distribuição de vacina, o que acontece é a priorização de uma parcela menor do público alvo e também com maior risco de aquisição da doença.
Durante as orientações, o doutor Eduardo Candanoza transmitiu aos profissionais da Educação, as principais recomendações do Ministério da Saúde, isto é, as principais medidas a serem adotadas nas escolas e creches em casos suspeitos de H1N1.
Uma delas se refere ao afastamento temporário, por até 48 horas, de alunos, professores ou funcionários que adoecerem, com suspeita clínica de Influenza (outro nome dado à gripe H1N1), podendo ser liberado o retorno à escola quando estiverem clinicamente estáveis, sem uso de antitérmico e sem febre por 24 horas.
Medidas simples como cobrir o nariz e a boca com lenço, ao tossir ou espirrar, e descartar o lenço no lixo após uso; lavar as mãos com água e sabão após tossir ou espirrar; evitar tocar olhos, nariz ou boca; evitar contato próximo com pessoas doentes, são essenciais para evitar a doença. Outra orientação do médico é o fato de que, não havendo disponibilidade de água e sabão, o uso de álcool gel é totalmente recomendado.
Outras precauções a serem adotadas que evitam a transmissão da influenza e outras doenças respiratórias, de acordo com o Ministério da Saúde são:
• Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento.
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.
• Manter os ambientes bem ventilados.
• Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.
• Evitar sair de casa em período de transmissão da doença.
• Evitar aglomerações e ambientes fechados
• Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Ana Luiza Velasco
Jornalista
Brasil