Roda de Rima de VR é incentivo cultural para os jovens da região

Um microfone, uma batida e várias ideias formam a base da Roda de Rima, um encontro que reúne jovens de diferentes estilos para curtir um único som: o Rap.

Criada em dezembro de 2011, a Roda de Rima tem Jeffei e Filipe Pirra como um dos idealizadores. 

Jeffei, baterista da banda Inabitual, conta que tudo começou naturalmente com encontros entre MC’s: "Dessa vontade de se encontrar, de se ver a coisa foi se tornando frequente e em algum momento resolvemos dar uma organização pra isso e impulsionar”, ressaltou. 

Para o baterista, a ideia foi um incentivo para a criação de outros eventos culturais da região: "Na história mais recente de Volta Redonda, existem dois momentos no RAP, antes e depois da Roda”, afirmando que o ritmo começou a ter um destaque maior na cidade.

Pirra explica que no começo o encontro era bem diferente do que vem sendo feito agora: "Hoje em dia a roda é o evento por si só e compete público, minha ideia com o jeffei foi fazer funcionar ali uma base pro rap como uma "escola" pra novos MC's e admiradores. Nenhum interesse empresarial ou institucional se estabelecia ali e o entrosamento entre todos era trabalhado”, contou.  

A principal atração da Roda é a Batalha de Rima, um duelo entre os MC’s que consiste em dois tempos de 45 segundos para cada competidor fazer sua rima. Ganha aquele que se sair melhor, de acordo com o público.

Jeffei conta que no início a Batalha era algo secundário: “Ela acontecia uma vez ao mês somente, e a Roda de Rima todo sábado. A parada era uma Roda de Rima mesmo. Sem som. Com violão, percussão e os amigos na praça fazendo Freestyle”.

Hoje, a Batalha de Rima também acontece semanalmente e atrai um grande público de Volta Redonda e cidades vizinhas. 

Para os atuais organizadores, Caio Camargo e Bruno Comédia, o encontro reúne jovens de estilos diferenciados. “Não é algo só pra galera do Rap, tem participação da galera do reggae, do rock, de outros estilos também”, destacou Comédia – como é conhecido.

“A gente tem chamado artistas de fora de Volta Redonda para atrair mais o público”, revelou Caio, destacando que o trabalho é independente sem apoio da prefeitura. Segundo ele, a Secretaria de Cultura deveria fazer um investimento maior na região. 

Para o músico, Pablo Duca, que faz a apresentação durante o evento, a Roda fortalece o protagonismo juvenil dentro da manifestação artística, proporcionando aos jovens se expressarem da maneira que quiserem, em pleno sábado à noite. “É gratificante estar apresentando, contribuindo da maneira que eu posso e ver essa molecada bem de perto fazendo o que eles têm de melhor”. 

A Roda de Rima acontece todo sábado, a partir das 19h, na Praça da ETPC em VR.

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