Cultura 01/06/2016 15:02

Terça-feira, o dia em que Mônica Barison lançou seu primeiro livro

Coordenadora do curso de Serviço Social do UniFOA, seu livro é resultado da tese de doutorado

Desde quando me joguei no mundo editorial, nos anos 80, juntamente com poetas, escritores e editores, não pensando em ser uma José Olympio - fundada por José Olympio Pereira Filho em 1931 na cidade de São Paulo -, mas descobrir novos talentos que pudessem chegar à José Olympio, descobri que o melhor dia para se fazer uma tarde ou uma noite de lançamento de livro é terça-feira. E vejo que hoje, alguns poucos muitos anos depois, o dia continua no topo das escolhas para o evento.

Terça-feira 31 de maio e 2016, pontualmente às 18 horas eu e o cinegrafista Adriano Dias chegamos ao topo da escada rolante que liga o térreo ao piso das sobre-lojas. Contornamos um quiosque e em poucos passos chegamos à Livraria Veredas, com seu letreiro encimado à larga porta. Pela larga vitrine nos olhos, empilhados nas prateleiras, na grande mesa, muitas estórias e histórias. À direita de quem chega, uma mesa, alguns exemplares do mesmo livro e, ao lado, de pé, conversando com um leitor ou futuro, Mônica Barison, coordenadora do Curso de Serviço Social do UniFOA. O livro, a obra, resultado da tese de doutorado, traz um estudo a partir dos processos de interdição de pessoas com transtornos mentais no município de Volta Redonda.

O dia de lançamento do livro é como se fosse o dia do nascimento dele, pois, oficialmente, é o dia em que ele, saído do prelo, entra oficialmente em circulação nas livrarias. Dizemos que é o dia em que o autor,  a editora e a livraria que promove o lançamento, recebem as pessoas que foram convidadas para participar da comemoração, prestigiar o autor e receber, em primeira mão, o livro.

Me adianto às pessoas que chegam com sorrisos largos e braços esperançosos de um grande e afetuoso abraços e, juntamente com o cinegrafista, nos posicionamos criando a melhor cena para a entrevista.

Enquanto faço as perguntas e recebo as respostas, olho de soslaio aos que chegam, aos que passam, aos que entram na livraria curiosos mas sem perder a meta traçada e percebo que alguns, sempre acontece, alguns ganham espaço na nossa entrevisita por mais que a cena esteja “fechada no entrevistado”.

Percebo que alguns convidados se mostram inquietos com a demora da entrevista. Nosso papo leva uns 10 a 12 minutos. Nos despedimos, mas eu e o cinegrafista ainda ficamos por ali, olhando, filmando, saboreando os momentos.

Embora pareça, um lançamento de livro não é um evento social, por isso mesmo a cada dia fico feliz em ver brotarem mais e mais pessoas comparecendo aos lançamentos. Principalmente de um livro como esse, “Judicialização da Questão Social”, um livro que é fruto de uma tese* de doutorado.

O balizador de uma noite de autógrafos é a fila para o autor autografar a obra. E as rodas de conversas. E, pelo tempo em que a fila esteve “acesa”, autor e obra são sucesso, principalmente pela importância da obra. Aos estudiosos e curiosos, a Livraria Veredas os espera de braços abertos.


* Tese de doutorado é um trabalho acadêmico formulado nas escolas superiores para ser defendido em público, para um grupo de doutores, como condição para obtenção do título de doutorado. A tese de doutorado deve apresentar um progresso para a área científica em que está situada. “Tese” é a publicação de trabalho acadêmico.

Carlos DeAraújo

Jornalista

Brasil

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