Saúde 30/03/2016 14:24

Volta Redonda unida contra a Dengue derruba índice de infestação

Apesar da redução nos índices de infestação, as ações continuarão no mesmo ritmo

A prefeitura municipal de Volta Redonda divulgou na terça-feira, 29 de março, em entrevista coletiva no gabinete do prefeito Antonio Francisco Neto, os números do LIRAa -  Levantamento do Índice Rápido do Aedes Aegypti - e as novas ações de combate ao mosquito no município.

“Em janeiro, o LIRAa médio em Volta Redonda era de 4,0%, considerado de alto risco, com alguns bairros registrando números ainda maiores”, lembrou o prefeito. “A queda no índice do LIRAa é a prova de que a ação – talvez única entre os municípios do Brasil – que uniu poder público e sociedade civil no combate ao Aedes aegypti, o mosquito da dengue, que também transmite os vírus Zika e Chikungunya, funcionou”, afirmou Neto.

Durante a coletiva foi apresentado o equipamento de monitoramento aéreo (drone), adquirido recentemente pelo município para fazer parte da luta contra os focos do mosquito. O diretor da EPD (Empresa de Processamento de Dados), Gilberto Viana mostrou o mais novo aliado ao combate contra o mosquito, o Drone, equipamento de monitoramento aéreo que  traz eficácia e rapidez, principalmente na descoberta de caixas d’água desprotegidas que geralmente servem de criadouro do Aedes, em locais de difícil acesso como telhados de edifícios.

Segundo a Coordenadoria de Vigilância Ambiental e a Secretaria de Saúde, das mais de 65 mil residências visitadas,  13.645 foram encontradas fechadas e 1.656 apresentaram focos do mosquito, principalmente nos bairros do Aterrado, Nossa Senhora das Graças, Jardim Paraíba e Vila Americana.

O coordenador do curso de Biologia do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), Leonardo de Almeida Amado, que também participou do encontro, elogiou a ação conjunta proposta pela prefeitura contra o mosquito.

Dom Francisco Biasin, bispo da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, lembrou que a Campanha da Fraternidade 2016, com o tema “Casa Comum, nossa responsabilidade”, trata da questão do saneamento básico para todos. “Por isso, muito se falou também da dengue como questão de saúde pública”, afirmou o bispo. Ele sugeriu ainda que, como a Igreja, a prefeitura distribuísse sementes de Crotalária, uma leguminosa que atrai libélulas, cujas larvas são predadoras naturais das larvas do Aedes aegytpi. 

Carlos DeAraújo

Jornalista

Brasil

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